sexta-feira, 26 de outubro de 2012

As propostas de José Serra para a cidade de São Paulo



              Tucano discutiu segurança pública
Eduardo Anizelli/Folhapress

Durante uma assembléia para três mil estudantes na associação “Educar para a vida”, José Serra candidato do PSDB à prefeitura de São Paulo nas eleições de 2012 colocou em pauta os seus principais projetos para a cidade de São Paulo, nos quais segundo ele, deverá desenvolver durante os seus quatro anos de mandato caso seja eleito prefeito da cidade. Serra chegou no horário previsto, porém causou surpresa! Os estudantes não sabiam que teriam a honra e a presença de um palestrante à altura de José Serra, não obstante, por toda a sua vida política, constam em seu currículo os cargos de ministro da saúde mais bem preparado que o Brasil já teve, governador do estado de São Paulo, prefeito da cidade de São Paulo e candidato por duas vezes à presidência do Brasil.

            Na palestra que durou duas horas, Serra demonstrou aos presentes que tem o poder da palavra, e disse que o mais importante é ter autonomia para cumprir ao máximo o que apresentou para o seu público durante sua campanha. Ele também mostrou que tem equilíbrio na elaboração das suas propostas e em conversa com o seu público. Para algumas pessoas é difícil enxergar o mínimo de carisma que existe em José Serra, sobretudo é possível perceber essa qualidade estando perto, olhando nos seus olhos, falando cara a cara com ele. Ao final, Serra pediu licença à organização do evento e afirmou que “apesar de não saber como funciona o andamento da palestra, abrirei um espaço para perguntas”, disse. Seria impossível atender ao grande número de perguntas, no entanto ele respondeu ao máximo os questionamentos e pediu para que as pessoas que não foram atendidas o procurassem ao final do evento.

           Demonstrando credibilidade com seus argumentos, Serra aproveitou as perguntas relacionadas à segurança pública para apresentar alguns de seus projetos para a área que, segundo ele, é das mais críticas. Ele apresentou medidas como a implantação de chips em cada revólver a ser usado por policiais nas ruas. “Assim, conseguimos monitorar cada policial, onde quer que ele esteja, assegurou. Com relação à saúde, Serra destacou as AMAS (assistências médicas ambulatoriais) nas quais ele criou, e o atual prefeito (Gilberto Cassab) deu continuidade, construindo mais unidades. Apesar do público presente na assembléia ser de estudantes universitários, o tema campeão de perguntas direcionadas ao palestrante José Serra foi Segurança pública.

            Para o quesito educação, Serra declarou que para se viver na sociedade moderna, é necessário que se aprenda um pouco de tudo, inclusive de matemática, aí ele faz uma ressalva, “sou economista más não tão bom em matemática. Ao final ele atendeu às perguntas, dentre as quais, as relacionadas à educação. Apareceram vários pedagogos preocupados com o sistema de educação brasileiro, Serra foi questionado a respeito do aprendizado na forma de decoreba e de compreender a matéria. No entanto ele disse, “eu me formei em economia, números, você têm que decorar, não tem jeito, agora quando partimos para as áreas de humanas, tem que dominar o assunto”, esclareceu. Ainda com relação à saúde, Serra alertou que pretende reforçar o sistema cada vez mais, tornando as leis mais rigorosas contra o tabaco. Ele afirmou que “ninguém se apaixona por uma pessoa que tem os dentes amarelados ou gosta de estar ao lado de alguém com cheiro de cigarro”. A partir daí ele colocou a questão das drogas ilícitas. Serra alerta que o efeito dessas drogas é muito mais arrasador, portanto carece de muita atenção por parte das autoridades.

           Serra ressaltou ainda que o tratamento contra dependentes não custa tão caro quanto se pensa, “há casos em que os dependentes químicos são tratados apenas a partir de atendimento psiquiátrico e afastamento das drogas como acontece em algumas clínicas e fazendas no interior de São Paulo”, concluiu.


 

quinta-feira, 18 de outubro de 2012

É possível prever o seu futuro profissional?

Na faculdade, é comum encontrar jovens estudantes que ainda não decidiram que área seguir

                                                         Imagem: Veja - VAléria Gonçalvez/AE
 
Ao término do segundo grau, os jovens encontram-se numa encruzilhada, com uma infinidade de caminhos possíveis à sua frente. As opções são inúmeras, são tantos os clamores de vários os lados, que os jovens, ainda menores de idade, ficam meio perdidos diante do gigantesco “mercado de cursos” e depois, o de trabalho. Se refletirmos um pouco, chega a ser crucial, a ideologia na qual os jovens, ainda com tão pouca idade, terem que escolher qual curso realizar e então, prosseguir com a sua profissão para o resto da vida. No mundo atual, uma gigantesca parcela das pessoas realiza tarefas que não têm absolutamente nada a ver com os seus desejos. Seria o capitalismo ditando as tradições da nova sociedade?

Imagem:  Veja - Thinkstock
“Os nove anos do curso de inglês no exterior foram a razão do curso de Letras Tradutora e Intérprete em inglês que faço hoje,” afirmou a estudante Andressa de 21 anos. Ela pertence à imensa parcela de estudantes que erraram na escolha do curso. Andressa pretende cursar rádio e TV futuramente. Especialistas em carreira orientam que neste cenário futuro, devemos analisar qual o profissional seremos e quais competências teríamos de ter e, só então podermos traçar um perfil do profissional que queremos ser. E isso deve ser feito de forma consistente e constante ao longo do tempo. Com isso, diminui-se as possibilidades de ser surpreendido com mudanças de mercado e cria condições permanentes para liderar o que quer que venha por aí. Mas de que maneira colocar essas teorias que, na cabeça de um jovem pós-adolescente, parecem ser um tanto quanto utópicas?
 
“Escolhi cursar Letras, Tradutora e Intérprete em inglês por causa da minha facilidade com leitura em inglês, inclusive o curso de humanas,” quem diz isso é a estudante Renata de 19 anos que está no 4° período do curso. Em meio a essas inseguranças entre os calouros, atuam os ‘professores despreparados’ que, se obrigam a dar horas aulas por míseros vencimentos, em comum acordo com as chamadas “instituições de ensino”, que hoje se transformaram em empresas, anunciando os seus cursos como “cursos presenciais lecionados por mestres e doutores.” O que os ingênuos e inocentes alunos não compreendem é que, uma grande parcela desses “mestres e doutores” nunca atuou na área da sua formação, apenas absorveram teorias e mais teorias...“Eu entrei pensando na Tradução de uma forma e estou saindo pensando em outra, então eu prefiro fazer outra faculdade,” desabafa Renata.