Na faculdade, é comum encontrar jovens estudantes que ainda não decidiram que área seguir
Imagem: Veja - VAléria Gonçalvez/AE
Ao término do segundo grau, os
jovens encontram-se numa encruzilhada, com uma infinidade de caminhos possíveis
à sua frente. As opções são inúmeras, são tantos os clamores de vários os lados,
que os jovens, ainda menores de idade, ficam meio perdidos diante do gigantesco
“mercado de cursos” e depois, o de trabalho. Se refletirmos um pouco, chega a
ser crucial, a ideologia na qual os jovens, ainda com tão pouca idade, terem que
escolher qual curso realizar e então, prosseguir com a sua profissão para o
resto da vida. No mundo atual, uma gigantesca parcela das pessoas realiza
tarefas que não têm absolutamente nada a ver com os seus desejos. Seria o
capitalismo ditando as tradições da nova sociedade?
“Os nove anos do curso de inglês no
exterior foram a razão do curso de Letras Tradutora e Intérprete em inglês que
faço hoje,” afirmou a estudante Andressa de 21 anos. Ela pertence à imensa
parcela de estudantes que erraram na escolha do curso. Andressa pretende cursar
rádio e TV futuramente. Especialistas em carreira orientam que neste cenário
futuro, devemos analisar qual o profissional seremos e quais competências
teríamos de ter e, só então podermos traçar um perfil do profissional que
queremos ser. E isso deve ser feito de forma consistente e constante ao longo
do tempo. Com isso, diminui-se as possibilidades de ser surpreendido com
mudanças de mercado e cria condições permanentes para liderar o que quer que
venha por aí. Mas de que maneira colocar essas teorias que, na cabeça de um
jovem pós-adolescente, parecem ser um tanto quanto utópicas?
“Escolhi cursar Letras, Tradutora e
Intérprete em inglês por causa da minha facilidade com leitura em inglês,
inclusive o curso de humanas,” quem diz isso é a estudante Renata de 19 anos que está
no 4° período do curso. Em meio a essas inseguranças entre os calouros, atuam
os ‘professores despreparados’ que, se obrigam a dar horas aulas por míseros
vencimentos, em comum acordo com as chamadas “instituições de ensino”, que hoje
se transformaram em empresas, anunciando os seus cursos como “cursos
presenciais lecionados por mestres e doutores.” O que os ingênuos e inocentes
alunos não compreendem é que, uma grande parcela desses “mestres e doutores”
nunca atuou na área da sua formação, apenas absorveram teorias e mais
teorias...“Eu entrei
pensando na Tradução de uma forma e estou saindo pensando em outra, então eu
prefiro fazer outra faculdade,” desabafa Renata.
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